quinta-feira, 8 de maio de 2008

HIP HOP, Cultura e Cidadania


A Cultura HIP HOP surgiu como uma forma de reação aos conflitos sociais e à violência. Essa cultura tem como idéia básica a disputa com criatividade e não com armas. Como um bom admirador e/ou adepto desta cultura sabe, são quatro os pilares em que ela se sustenta: Mcs, cantam e fazem as letras dos raps; Djs, criam ritmos e os scratches; Grafite, artes plásticas nas ruas e o breakdance, dança executada pelos b-boys e as b-girls. Mas procurando conhecer um pouco mais dessa cultura, procurei o Centro de Referência da Cultura HIP HOP (CRCH2) localizado no Parque-Piauí, bairro da Zona Sul de Teresina. Lá conversei com a coordenadora de oficinas, Gilvania, mais conhecida como "Preta Gil". Foi atrvés dela que descobri que o Hip Hop não é só música, danças, grafite; mas que possui toda uma questão ideológica e também social. No centro de Referência da Cultura HIP HOP, eles oferecem pré-vestibular, aulas de informática, tranças afro, grafite e outros, para a população carente de Teresina. Gilvânia diz que o objetivo deles é ocupar os jovens com atividades que podem acabar por virar uma profissão para eles. "Nós procuramos reeducá-los através das atividades, palestras, ajudando na formação pessoal deles.", afirma Gilvania. Por terem um estilo de vida diferente, a chegada do grupo ao Bairro Parque-Piauí, não foi bem vista por alguns moradores do bairro. É o velho preconceito reinante a tudo o que é diferente. Conversei com um vizinho do CRCH2, o senhor José Matos, e ele disse que não ficou feliz com a chegada deles, porque pensava que eram marginais, um bando de desocupados. Perguntei pra ele se gostaria de ir visitar o centro, ele disse que não e falou também que já tinha mudado de opinião, pois com o tempo passou a conhecer o trabalho ali realizado. "Minha filha gosta de ir pra lá vê internet, e já sei que eles fazem é ocupar os jovens.Qualquer dia eu vou lá.", foi o que disse José Matos. Fica provado aqui que devemos repúdiar é, à falta de informação que nos leva pelos caminhos do preconceito. Fernado Luís é um jovem rapper do CRCH2, que diz sentir-se muito bem lá no CRCH2 porque além de receber ajuda com cursos, ele recebe ajuda moral e com o desenvolvimento dos grupos de breakdance e de rap. O Centro de Referências da Cultura HIP HOP, é o melhor lugar aqui em Teresina para se ter um contato mais profundo com esse estilo de vida e quebrar com todo preconceito. O Hip Hop não faz acepção de pessoas, prova disso é o nosso fotógrafo "franzino" Maurício, que além de skatista é bem conhecido no CRCH2.

3 comentários:

Juca disse...

Textão, karla D. Parabéns demais.
Salve, salve, marimbondos!

Luana Sena disse...

Muito bom, Karlinha!
Hhauiehuia, todo mundo conhece o Maurício, af ;P

Luana Sena disse...

Olha, e eu não sei quem mexeu nisso aqui não, mas ficou ótimo!
Gostei de ver, estamos progredindo, rapá xD